Na segunda-feira (03/06), os professores e demais funcionários da APAE dos dois turnos (matutino e vespertino), participaram de uma capacitação sobre o Transtorno do Espectro Autista – TEA com a psicóloga da instituição Marta Fernandes Furtado.
A APAE está recebendo um número significativo de usuários com TEA, o que levou a instituição a preparar toda sua equipe para melhor atender este público e dar suporte às suas famílias.
De acordo com a psicóloga Marta, a partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista-TEA.
O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes, explicou a psicóloga.
Ela informou ainda que, o TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia.
Enquanto não há perspectiva de cura para a pessoa diagnosticada com TEA, podemos desde já tentar melhorar o que temos, isto é, o desenvolvimento da qualidade de vida. E sendo assim, a educação especial para o aluno autista pode fazer com que ele tenha a oportunidade de expandir suas capacidades de aprendizado, comunicação e relacionamento com os outros, enquanto diminui a frequência das crises de agitação, orientou Marta Fernandes.
Toda a equipe da APAE (administrativa, técnica e corpo docente) sempre recebe orientação e participa de capacitação para melhor atender os seus usuários, independente da deficiência e seu grau de intensidade (leve, moderado e severo).
'Família e pessoa com deficiência, protagonistas na implementação das políticas públicas.'